Crítica - Wanderlust (2012)

Realizado por David Wain
Com Jennifer Aniston, Justin Theroux, Malin Akerman, Paul Rudd

O título oficioso de Rainha das Comédias Românticas de Hollywood tem que pertencer a Jennifer Aniston, uma actriz que é conhecida em todo o mundo mas que nunca teve um grande papel cinematográfico em toda a sua carreira que parece estar presa ao género mais banal da sétima arte. O seu mais recente trabalho em “Wanderlust” é idêntico a tantos outros, muito embora esta obra seja um pouco mais criativa e divertida que os seus filmes anteriores, no entanto, somos na mesma confrontados com os inevitáveis clichés do género e com uma entediante vertente romântica que pouco deve à imaginação. A história de “Wanderlust” centra-se em George e Linda (Paul Rudd e Jennifer Aniston), um casal moderno e bem-intencionado de Manhattan que está à beira de um ataque de nervos. Quando George é demitido ficam com apenas uma opção: mudarem-se para a casa do detestável irmão de George em Atlanta. No caminho, George e Linda descobrem Elysium, uma comunidade idílica composta por coloridas personagens, com uma maneira diferente de olhar para o mundo que os rodeia


O enredo de “Wanderlust” tem uma vibe refrescante que até o distância da maioria das comédias românticas norte-americanas dos últimos anos, mas infelizmente os seus criadores - David Wain (Realizador/ Guionista) e Ken Marino (guionista) – não foram mais além e, não conseguiram ou não quiseram, evitar a inclusão de certos estereótipos claramente desnecessários que acabam por arrastar esta comédia para a banalidade romântica e emocional que actualmente caracteriza os filmes do género. Os altos e baixos do relacionamento de George e Linda (Paul Rudd e Jennifer Aniston) dominam o filme mas são alvo de uma evolução clássica e sem muito interesse, onde tudo é previsível e os dramas inerentes são desprovidos de qualquer emoção, ou seja, tudo é expectável e nada nos comove. O único verdadeiro destaque de “Wanderlust” reside na dinâmica social que se estabelece entre o casal citadino e os vários membros da Comunidade Elysium, dinâmica essa que dá azo a algumas cenas engraçadas.


Como referi no início, Jennifer Aniston tem um desempenho bastante ameno neste filme, mas o mesmo também se aplica aos trabalhos do seu co-protagonista, Paul Rudd, e dos vários actores que formam o elenco secundário, já que, no meu entender, não há nenhum profissional que tenha uma performance fora do normal. É difícil de olhar para “Wanderlust” e ver uma comédia digna de registo mas, se a comparamos com alguns dos filmes do género que foram lançados nos últimos meses nas salas de cinema, apercebemo-nos que esta obra até é uma das melhorzinhas, algo que diz muito sobre o estado actual deste género cinematográfico.

Classificação – 2,5 Estrelas Em 5

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