Crítica - AKP Job 27 (2013)

Realizado por Michael L. Suan
Com Tyce Philip Phangsoa, Roxanne Prentice, Kelly Fedonni
Género – Drama/ Thriller

Sinopse - Um assassino profissional da Yakuza viaja até a América do Norte para concretizar o seu vigésimo sétimo assassinato, mas neste território distante encontra, inesperadamente, lembranças do grande amor da sua vida graças ao seu breve contato com uma bela prostituta. 

Crítica - A estreia mundial desta coprodução entre o Japão e o Canadá realizou-se no FantasPorto 2013, onde estiveram presentes o realizador, Michael L. Suan, e os atores, Tyce Philip Phangsoa e Roxanne Prentice, para o apresentar ao público e à imprensa. Durante a breve apresentação que antecedeu a exibição desta longa, Michael L. Suan fez questão de dizer que o filme é diferente e que tem que ser encarado com uma mente aberta, ora ainda bem que ele nos preparou para este cenário porque, realmente, este seu filme não é nada comum. A maior crítica que faço a “AKP Job 27” é a sua duração excessiva, já que se Suan tivesse tido um pouco mais de juízo durante o processo de edição, então a sua história poder-nos-ia ser contada, com uma maior eficácia, em menos de noventa minutos. Sem diálogos durante cerca de duas horas e quinze minutos, “AKP Job 27” até explora uma trama romântica com algum interesse que, no meu entender, até beneficia com a ausência de conversas entre os protagonistas, já que os olhares e as caricias que trocam entre si são suficientes para entendermos quais são os grandes objetivos deste thriller dramático que, no entanto, aposta em excesso em sequências demasiado morosas que vão perdendo sentido com o passar do tempo e que, ainda para mais, retiram energia ao espectador que, mais cedo ou mais tarde, está condenado a ceder ao aborrecimento. É certo que a longa lista de músicas que acompanham o desenrolar do argumento conferem alguma vivacidade a esta produção, mas estas nem sempre são bem utilizadas e em alguns casos dão-nos uma sensação de amadorismo e facilitismo. Estas falhas têm tendência para afastar o grande público, mas “AKP Job 27” até não é tão mau como parece, nem é um filme snobe ou artístico que foi idealizado e criado para o deleite de uma minoria mas, verdade seja dita, também não é muito fácil de ver e não é, de todo, um filme brilhante. É apenas diferente. 

Classificação – 2 Estrelas em 5

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