Crítica - Playing For Keeps (2012)

Realizado por Gabriele Muccino
Com Catherine Zeta-Jones, Gerard Butler, Jessica Biel

A premissa de “Playing For Keeps” parece direcionar-nos para o terreno das comédias familiares, mas no epicentro deste paupérrimo filme de Gabriele Muccino também está uma irritante e desnecessária componente romântica, que acaba por atrapalhar e prejudicar a leve intriga familiar que deveria sustentar todo o filme. É por isso que o repetitivo angulo familiar, que se foca num pai ausente que tenta reconquistar a confiança e amizade do seu filho por intermédio do futebol, é constantemente deturpado e interrompido por segmentos românticos superficiais sem qualquer interesse, que mostram o protagonista a tentar reconquistar a mãe do seu filho ou a praticar atos sexuais com um grupo de desesperadas donas de casa que o acham atraente. Em “Playing For Keeps” acompanhamos portanto a história de George (Gerard Butler), uma ex-glória futebolística que, enquanto procura reconstruir a sua ligação parental com o seu filho, acaba por ser recrutado como treinador de uma equipa infantil pelas mães dos seus jovens jogadores, que vão dificultar ao máximo a tarefa de George de reconquistar a sua ex-mulher (Kessica Biel) e recuperar assim a sua família.

   

No início, “Playing For Keeps” faz-nos lembrar a comédia “Kicking & Screaming” (2005) com Will Ferrell, mas rapidamente chegamos à conclusão que essa produção de Jesse Dylan é largamente superior a esta insuportável comédia romântica, porque, apesar de também ter a sua quota de defeitos, consegue oferecer ao espetador uma trama minimamente divertida e coerente que não inclui distrações desnecessárias, como donas de casa aborrecidas e viciadas em sexo (Uma Thurman, Catherinze Zeta-Jones ou Judy Greer). Para além de ter um enredo mal construído e cheio de artifícios sem nenhum valor, “Playing For Keeps” sofre também com o baixo nível do seu elenco. Uma Thurman, Catherine Zeta-Jones e Judy Greer têm três papéis ridículos que embaraçam a sua imagem profissional, mas nenhuma delas tem uma performance tão má como Dennis Quaid, que está completamente alucinado na pele de uma personagem secundária também ela alucinada e sem nexo. Jessica Biel também tem uma performance deslavada, tal como Gerad Butler, que não consegue manifestar um pingo de emoção durante todo o filme. Enfim, “Playing For Keeps” é incontestavelmente um mau filme. O facto de misturar sexo e romance numa trama familiar só o torna mais detestável. 

 Classificação - 1 Estrelas em 5

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