Breve Análise a Bates Motel, a Prequela Televisiva de Psycho


Estreou em Março no Canal A&E a série “Bates Motel”. Esta prequela televisiva do clássico cinematográfico “Psycho” (1960), de Alfred Hitchock, permite-nos conhecer um pouco melhor o passado de Norman Bates e perceber assim como é que um jovem tão simpático como Norman acabou por se tornar num dos psicopatas mas famosos da sétima arte. Convém referir que “Bates Motel” não é uma obra muito fiel à narrativa do filme ou do homónimo livro de Robert Bloch, já que existem algumas diferenças importantes entre esses dois famosos produtos e esta nova produção televisiva, como o facto da história de “Bates Motel” desenrolar-se nos nossos dias e numa cidade diferente (no filme o Motel Bates está localizado em Fairvale na Califórnia, mas na série situa-se em White Pine Bay no Oregon). Estas diferenças podem ser problemáticas para os puristas, mas acabam por não ser assim tão relevantes para o cômputo geral deste projeto que, apesar de ter algumas falhas, apresenta ao público uma empolgante trama que, para já, tem contextualizado habilmente a progressiva deterioração mental e social do protagonista que, para além de ter que lidar com uma mãe super-protetora, tem ainda que enfrentar uma rotina cheia de humilhações e mistérios que teimam em assolar a sua nova vida numa sombria cidade costeira. Uma das melhores coisas de “Bates Motel” é o seu elenco central. Freddie Highmore e Vera Farmiga estão muito bem como Norman e Norma Bates. As suas performances enquadram-se perfeitamente no espirito negro e complexo das suas respetivas personagens, que escondem por detrás das suas vidas rotineiras uma incrível obsessão e loucura. É estranho ver Highmore no papel de um psicopata, até porque ainda nos recordamos da sua faceta infantil em filmes como “Finding Neverland" (2004) e "Charlie and the Chocolate Factory", mas Highmore já está crescido e tem nesta série a sua primeira oportunidade para demonstrar que já não é um ator infantil, mas sim um jovem ator com potencial. Para além de Highmore e Farmiga, “Bates Motel” conta com um elenco secundário mediano mas interessante, onde se destaca Max Thieriot como Dylan Massett, o astuto meio-irmão de Norman Bates, que para já parece ser única pessoa “normal” da Família Bates. Esta série é portanto um bom produto para seguir se gostou de “Psycho” e se gosta de acompanhar séries dramáticas com vários mistérios ao barulho. A primeira temporada de “Bates Motel” já está quase a acabar, mas a A&E já encomendou uma segunda temporada que terá mais dez episódios cheios de suspense. Em Portugal, “Bates Motel” é exibida no TVSéries.

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3 Comentários

  1. Ola pessoal. Obrigado por esta pequena review. Sei que é difícil e que seria pedir muito, mas se não se importassem e se tiverem tempo (o tempo é sempre o grande problema destas coisas) seria bom que de vez em quando falassem de séries, mais do que costumam falar. Por exemplo gostei de terem referido Hemlock Grove. Os vários canais americanos apresentam várias séries ao consumidor final e nem sempre possuimos as informações necessárias (reniews, críticas) para saber se é uma série que vale a pena ver (bom elenco, bom desempanho, bom enredo).. Eu por exemplo comecei a ver Homeland e American Horror Story por causa do que li aqui sobre essas séries... Abraço e continuações de bom trabalho...

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  2. Mensagem recebida Alexandre. Vamos tentar dar mais atenção às séries.

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