Crítica - Fast & Furious 6 (2013)

Realizado por Justin Lin
Com Dwayne Johnson, Luke Evans, Paul Walker, Vin Diesel

Já se sabe que o franchise “Fast & Furious” não é sinónimo de inovação ou criatividade, mas as suas duas últimas entregas até conseguiram cumprir as suas promessas de entretenimento graças a uma fórmula cheia de adrenalina, que agora é repetida em “Fast & Furious 6” que, tal como “Fast & Furious” (2009) e “Fast Five” (2011), aposta num vasto conjunto de entusiásticas cenas de ação que felizmente atiram para um distante segundo plano o seu fraco e entediante enredo que, uma vez mais, acompanha uma perigosa aventura de Dom e Brian (Vin Diesel e Paul Walker) que, desta vez, são recrutados por Hobbs (Dwayne Johnson) para travarem uma perigosa organização de letais condutores mercenários, cujo carismático líder (Luke Evans) conta com um violento braço direito que se descobre ser o amor que Dom pensou que tinha morrido, Letty (Michelle Rodriguez).

   

A história de “Fast & Furious 6” é, no mínimo, desinteressante. Há muitas coisas que não fazem sentido ou que, simplesmente, não deveriam sequer estar presentes no filme. O regresso de Letty (Anunciado em “Fast Five”) pode até nem ter grande cabimento mas é compreensível, já que traz alguma nostalgia à saga e consegue “humanizar” um dos protagonistas. Este regresso é um bocado mal explicado, mas há várias coisas em “Fast & Furious 6” que são muito mais irritantes e desnecessárias, como os objetivos do vilão central ou as opções que os protagonistas tomam durante o filme. Estas dúbias opções incluem, por exemplo, uma viagem sem nexo que Brian faz até Los Angeles para interrogar o vilão do quarto filme (Braga), ou o facto de os dois protagonistas terem deixado as suas companheiras sozinhas numa zona de fácil acesso. Estes dois exemplos são apenas uma gota num oceano de falhas e ações sem nexo, que englobam também erros técnicos e de coerência. O mais gritante é aquele que envolve a sequência final e uma pista de aterragem com um comprimento demasiado irrealista, até mesmo para os padrões de Hollywood. O argumento de “Fast & Furious 6” é portanto muito mau, mas outra coisa não seria de esperar de um filme que está inserido numa saga sem nenhum valor narrativo. Só há duas coisas que salvam esta produção da mediocridade: o seu razoável elenco e as suas bem montadas cenas de ação. Estas podem ser exageradas e ocasionalmente parvas, mas pelo menos entretêm aquele tipo de espetador que apenas quer ver lutas, explosões e tiroteios com algumas corridas cheias de adrenalina à mistura. Os espetadores deste género vão portanto adorar este produto, que lhes oferece tudo aquilo que procuram, mas se é daquelas pessoas que gosta de um filme com um argumento razoável e com sequências minimamente credíveis, então “Fast & Furious 6” não foi feito para si. 

 Classificação – 2,5 Estrelas em 5

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2 Comentários

  1. Aquela pista de aterragem nunca mais acabava...

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  2. a pista de aterragem , as cenas tavam a aconteçer ao mesmo tempo , voçes pensavam que enquanto uns tavam alutar os outros tavam parados a fazer nada ? desculpem mas este filme nao é para ignorantes xD e ja agora , se eles descobriu que o braga trabalhava com o shaw , eles foram interrogalo , quer dizer o paul walker (brian o'conner) ....ignorantes

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