Crítica - Monsters University (2013)

Realizado por Dan Scanlon
Com Billy Crystal, John Goodman

Já era hora do duo monstruoso Mike e Sulley voltar às salas de cinema com uma nova aventura. Para ser mais correto, “Monsters University” não é bem uma nova aventura, mas sim uma velha aventura, já que este divertido filme é uma prequela do igualmente divertido e aclamado “Monsters, Inc.” (2001) que, apesar do seu grandioso sucesso, acabou por perder o Óscar de Melhor Filme de Animação para o seu principal rival, “Shrek” (2001). Esta prequela é tão engraçada e tão empolgante como o primeiro filme e, tal como este, tem a sempre difícil e nobre capacidade de agradar a todas as faixas etárias. Em “Monster University” viajamos no passado até à juventude de Mike Wazowski e James P. Sullivan que, após muito empenho, conseguiram entrar na prestigiada Universidade de Monstros. Por esta altura, Mike e Sullivan não eram grandes amigos, mas sim grandes rivais que teimam em competir em todos os aspetos das suas vidas. O espírito competitivo fora de controlo de ambos faz com que sejam expulsos do prestigiado curso de Sustos da Universidade. Para piorar a situação, eles percebem que vão ter de trabalhar juntos, juntamente com um estranho grupo de monstros inadaptados, caso queiram que as coisas dêem certo.

   

É difícil considerar “Monsters University” um dos melhores esforços e trabalhos da Pixar Animation, mas embora não tenha o elevado nível dos incríveis “Toy Story” (1995), “Wall-E” (2008) ou “Up” (2009), tem, ainda assim, um nível visual e narrativo muito interessante e folião. É, acima de tudo, um engraçado filme de animação para toda a família que, tal como o seu antecessor, não parece ter a ambição de se tornar num filme clássico ou memorável. A sua história é divertida e bastante curiosa, mas não tem nada que a faça sobressair no âmbito do competitivo género dos filmes animados, mas, apesar de não ter nenhum grande elemento diferenciador, consegue entreter os espetadores de todas as idades com a sua trama mexida que, ocasionalmente, é levemente polvilhada por várias sequências cómicas ou emotivas que dão força e sentido à curiosa dinâmica dos dois protagonistas. A parte visual do filme também é bastante competente e apelativa, ou não fosse esta uma produção de um dos melhores estúdios do género que, tal como aconteceu com o primeiro filme, voltou a caprichar no design colorido e divertido das personagens e das paisagens do mundo imaginário dos monstros. As três dimensões são, mais uma vez, desnecessárias e deficitárias, mas admito que trazem uma certa magia a estes filmes para crianças. São precisamente os espetadores mais novos que irão gostar um pouco mais desta prequela de “Monsters, Inc.” (2001), que lida bem com as altas expetativas de todos aqueles que gostaram do primeiro filme.

Classificação - 3,5 Estrelas em 5

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1 Comentários

  1. SPOILER nos últimos parágrafos da 1a parte do comentário!!!

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